Você já deve ter ouvido a frase “brincadeira é coisa séria”. E de fato ela é. Brincar vai além do entretenimento e tem uma grande contribuição para o desenvolvimento da linguagem, das habilidades motoras e da autonomia dos pequenos, por exemplo. Neste momento de pandemia, os pais estão precisando de muita criatividade para manter as crianças ocupadas e felizes após quase um ano de escolas fechadas.
— Nas brincadeiras a criança organiza emoções, treina relações sociais e regras de convívio, além de todas as suas possibilidades como ser humano — explica Ana Carolina Veloso, pedagoga e escritora.
Muitas vezes reclamamos das crianças que não saem do celular ou da TV, quando, na verdade, elas foram estimuladas, desde cedo, a terem este tipo de entretenimento. Por isso, não aprenderam a brincar.
— O ideal é que as crianças não sejam forçadas a “queimar etapas”, ou seja, elas não podem avançar para o domínio das tecnologias sem antes terem sido estimuladas ao desenvolvimento de habilidades motoras. Por exemplo, para segurar o lápis e escrever, uma criança tem de aprimorar algumas habilidades relacionadas à coordenação motora fina. Essas se desenvolvem com brincadeiras — diz Luciana Brites, psicopedagoga e CEO do Instituto NeuroSaber.
E de nada adianta pais e cuidadores desejarem que as crianças brinquem, se eles, que são seus exemplos, não brincam também. Os pequenos aprendem com os adultos como se brinca. Por isso, é fundamental que a brincadeira ocorra em parceria.
— É importante os pais participarem. No caso das crianças de até 4 anos, elas ainda não têm tanta autonomia para brincar sozinhas. No caso das maiores, a importância envolve a troca de afeto e conhecimentos — finaliza Ana Carolina.
Fonte: Extra
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