O ser humano é bem engraçado. Passamos um tempo querendo algo e quando acontece temos medo. Nos assustamos.
Quem já quis engravidar, sabe bem como é. Para umas são meses, para outras podem levar anos tentando. Cada dia de atraso uma esperança que pode ser frustrada. Até o dia em que o positivo chega.
Nessa hora acontece um turbilhão de sentimentos. Apesar de ser algo que queríamos muito, temos medo. Medo de não dar conta, de falhar, de não ser a hora certa. Vem a incerteza de como será a vida dali pra frente.
Ao mesmo tempo, já começamos a sonhar com o quartinho, as roupinhas, imaginamos o rostinho e começamos a lista com os nomes. Pensamos nos lugares que queremos apresentar para ele (a) e os que queremos conhecer juntos.
Há aquelas que nunca tiveram esse sonho. Mas de repente vem o positivo. As incertezas são as mesmas. E da mesma forma que foi com a que desejava, Deus coloca tudo no lugar.
Tenho dois lindos meninos (sim, sou muito coruja!). Já estava casada há dois anos, quando decidimos que era o momento de aumentar a família.
Passávamos horas imaginando situações com o bebê, como ele seria, se viria um menino ou uma menina... E quando recebi a notícia do positivo, pensamentos começaram a borbulhar em minha mente. Tive medo e comecei a imaginar como seria. Se eu seria capaz de cuidar de uma pessoinha. E olha que sempre quis ser mãe. Quando era pequena ia com minhas tias gestantes às consultas. Tenho uma irmã quatro anos mais nova, que a tinha como minha boneca. Adorava ajudar a cuidar das minhas priminhas. Antes saber que estava grávida, me sentia super capaz. Também, depois de tantos “estágios” (risos).
Mas como todo mundo diz, quando o filho é nosso, tudo é diferente. Apesar daquele outro ditado "quando nasce uma criança, nasce uma mãe". Eu concordo em parte, pois quando nasce o bebê, por mais preparo que tenhamos, é tudo muito novo. Ao mesmo tempo, nos surpreendemos.
Sempre tive sono pesado. Mas quando me tornei mãe, o bebê sonhava em chorar e eu já dava um pulo da cama. Por tanto, futuras mamães, fiquem calmas. Deus cuida de tudo.
Quando recebi o segundo positivo, não pense que já estava tudo bem, que não tive medo algum. Todos os medos e inseguranças voltaram. Mas dessa vez, veio outra pergunta: será que vou amá-lo tanto quanto amo o primeiro? Quando criança, você pode ter julgado a sua mãe por amar mais o(a) seu(sua) irmão(irmã) do que você. E talvez nunca tenha acreditado quando ela disse que amava todos os filhos da mesma forma. Mas vai por mim. É verdade.
Às vezes até me pergunto se eu amo mais um do que o outro. Mas não, não e não mesmo. O que pode acontecer é da mãe dar mais atenção a um por ele ser mais novo, ou por ser mais arteiro (mais risos). Mas amor de mãe não se divide mesmo. Se multiplica.
De repente o seu positivo não é uma gestação. Mas essas incertezas podem acontecer em outras áreas. Quantas vezes sonhamos com um lugar novo pra morar ou pra trabalhar. Fazemos a nossa parte (procurar uma casa, ou emprego, fazer concursos...) e quando se realiza, não sabemos se somos capazes.
Não sei qual é o positivo que você está esperando. Mas tenha certeza, se o Senhor te deu essa resposta, Ele vai te capacitar, vai te dar meios para conseguir êxito.
Que possamos parar de ficar na dúvida e venhamos a desfrutar das bênçãos do Senhor com sabedoria e com muita alegria.
Por Roberta Marassi
Fonte: Mulher Cristã
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