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O antes e depois das geleiras que estão desaparecendo na Islândia

  • Assessoria de Comunicação
  • 8 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Em 1989, o fotógrafo Colin Baxter o visitou o glaciar Skaftafellsjokull, na Islândia, em uma viagem em família e registrou a imagem da paisagem congelada.

Seu filho, Kieran Baxter, voltou ao local exatamente 30 anos depois. O glaciar, que faz parte da geleira Vatnajokull, a maior massa de gelo da Europa, reduziu dramaticamente.


Cientistas estimam uma perda de cerca de 400 quilômetros quadrados, devido principalmente às mudanças climáticas.


"Cresci visitando esse lugares incríveis e herdei essa compreensão sobre o poder silencioso dessas paisagens", afirma Kieran, professor da Universidade de Dundee, na Escócia.


"É trágico ver a mudança tão drástica das últimas décadas."


"A extensão da crise climática é muitas vezes invisível, mas lá podemos enxergar a gravidade da situação que afeta todo o planeta", acrescenta ele.


Kieran, que leciona design da comunicação, decidiu refazer os passos do pai, um conhecido fotógrafo de natureza, para alertar sobre o risco das mudanças climáticas.


Com a ajuda de Colin, ele registrou os mesmo pontos de uma série de glaciares do Sudeste da Islândia, entre eles Fláajökull, Heinabergsjökull, Hoffellsjokull, Hólarjökull e Skaftafellsjökull.


O derretimento das geleiras está entre os principais indicadores visíveis do aquecimento da Terra. Medir esse derretimento em escala global, entretanto, é difícil, já que diferentes fatores influenciam as massas de gelo, como altitude, nível de precipitação e exposição a ventos e ao sol.


Os glaciares em si são também bastante heterogêneos. Alguns têm apenas centenas de anos, enquanto outros estão no planeta há centenas de milhares de anos.


A longevidade faz dos glaciares documentos valiosos sobre o clima em outras eras. Amostras mais profundas extraídas por cientistas chegam a ser uma espécie de registro ano a ano sobre o clima em determinados períodos.


Analisando componentes como a quantidade de bolhas aprisionadas no gelo, pesquisadores conseguem montar um retrato detalhado das características atmosféricas do passado, o que inclui a concentração de gás carbônico, as variações de temperatura e vegetação.


O impacto negativo do desaparecimento de geleiras pelo mundo vai além da registro histórico do clima do planeta, contudo, e inclui a perda de fonte de água potável e de irrigação para a agricultura.


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