A vereadora Noemia Rocha (MDB) se reuniu com o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, vereador Sabino Picolo (DEM), e representantes da comunidade religiosa nesta segunda-feira (15), no prédio do legislativo, para falar sobre a decisão tomada pela prefeitura neste final de semana, de fechar as igrejas da cidade.
A parlamentar lamentou a falta de diálogo do prefeito com os líderes religiosos e demonstrou sua indignação com a decisão, já que as igrejas têm cumprido as exigências impostas. “Acreditamos que cabe ao executivo fiscalizar e punir aqueles que não estão respeitando as orientações, mas não se pode culpar as igrejas como um todo pelo aumento de casos da pandemia do Covid-19”.
Ela ressaltou a importância de a prefeitura ouvir os líderes e rever suas decisões, que mantenha as regras de distanciamento atual e fiscalizar quem não cumpre. “Exigimos e buscamos uma agenda com o prefeito para que ele ouça a nossa comunidade religiosa, pois merecem respeito e consideração".
Segundo Noemia, a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, também precisa se retratar com relação a sua fala que trouxe o entendimento às lideranças de que os que frequentam as igrejas são os responsáveis pelos óbitos . “Isso é inconcebível”.
De acordo com ela, o grupo está lutando pela revogação do decreto para que as igrejas voltem ao seu funcionamento com todas as restrições e cuidados que já estavam tendo.
A vereadora afirma que continua ao lado da saúde e apoia as medidas sanitárias e de distanciamento social impostas pela resolução da secretaria estadual. "A vida das pessoas está em primeiro lugar". No entanto, acredita que as igrejas devem se manter abertas e que a prefeitura deve cumprir seu papel de fiscalizar e autuar os que não cumprirem as determinações.
"Não devem responsabilizar todos indiscriminadamente, mas fazer normas coerentes, científicas e fazer valer as determinações em todos os ambientes, tanto igrejas quantos outros segmentos, como salões de beleza, empresas, comércios. Não podem fechar tudo sem nenhum apoio de fiscalização e sem nenhum aporte financeiro para esses que mais precisam."
Fotos: CMC
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