A procura por animais de estimação aumentou na pandemia, fazendo crescer um mercado que já vem em expansão há alguns anos: o de artigos para pets. Mas, na hora de adotar, é preciso levar em consideração, além das afinidades do dono com o animal, as despesas recorrentes e extras que serão geradas, além do tempo que será preciso dedicar ao novo integrante da família.
Para veterinários, gatos são a opção mais econômica, mas também exigem cuidados importantes, como ração de qualidade, caixinha de areia com limpeza frequente, vacinas, remédios contra pulgas e carrapatos, vermífogos, e em alguns casos até mesmo uma fonte de água limpa corrente para estimular o bichano a se hidratar.
Por outro lado, gatos não exigem passeios na rua, o que exclui custos com coleiras e passeador, por exemplo, nem precisam tomar banho, pois se limpam sozinhos, o que reduz os gastos com pet shop.
— Caso a pessoa esteja pensando em adquirir um pet, é importante avaliar se ele cabe não só no seu bolso, mas também na sua rotina, e se a sua família está de acordo, pois o animalzinho fará parte desta — alerta a planejadora financeira Paula Sauer, professora de Economia da ESPM e "mãe de pets".
Segundo ela, o tutor deve considerar todas as despesas, tanto as do dia a dia, quanto gastos eventuais, e se preparar para isso.
— Ponha na conta despesas eventuais, porém previstas: visitas semestrais ao veterinário, vacinas, tratamento preventivo contra verminoses e ectoparasitas como pulgas e carrapatos, e em alguns casos, retirada de tártaro nos dentes. Não esqueça também que, assim como nós, os pets vão envelhecer e em muitos casos, demandar tratamentos de saúde — ressalta Paula.
Para o veterinário Dario Migliano, os principais gastos mensais com um cão seriam referentes à alimentação, além de cuidados com banho e tosa, que geralmente é mensal, dependendo da raça. Fora isso, existem gastos com agrados, como petiscos e brinquedos.
— Alguns tutores terão gastos também com dog sitter, quando não têm tempo para levar o cão para passear. Gastos extras podem ocorrer com atendimento veterinário em caso de algum problema de saúde. Lembrar que vai ter despesa anual com vacinas e sempre é bom levar para consulta de rotina uma a duas vezes ao ano, sendo que o ideal é fazer um leve check-up pelo menos uma vez ao ano — explica o diretor técnico da Migliano Vet Care.
Para quem prefere cachorros a gatos, a opção mais econômica é ter um cachorro de pequeno porte, o que reduz os gastos com alimentação, banho e até mesmo medicamentos e cirurgias.
— Os gastos com gatos são menores, pois eles não têm tanto acesso à rua como os cães. Mesmo os cães pequenos têm um gasto maior do que os gatos, pois precisam de entretenimento, enquanto os gatos são mais individualistas e autosuficientes. Por exemplo, se o tutor for viajar e ficar fora três dias, deixando comida e água o gato ficará muito bem, porém o cachorro talvez não. Sentirá a falta do tutor e poderá até ter algum problemas de comportamento — explica o veterinário Guilherme Ortiz.
Fonte: Extra
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