O afeto é muito importante no desenvolvimento emocional infantil, pois garante que as crianças se sintam amadas, protegidas e alegres. A ausência desse contato mais próximo e de carinho pode desencadear uma carência afetiva, prejudicando o seu processo de crescimento.
É fundamental prestar atenção nesse aspecto e nos sinais que podem indicar que seu(sua) filho(a) está sofrendo. Esse acompanhamento ajuda a enfrentar os desafios e preparar a criança para o futuro, sem problemas de autoestima e com habilidade para se relacionar socialmente.
Neste artigo, vamos explicar o que é carência afetiva e quais são seus principais sinais. Além disso, traremos quatro dicas para lidar com essa questão. Confira!
Entenda o que é a carência afetiva e seus principais sinais
As crianças precisam de demonstração de afeto e carinho das pessoas mais próximas para se sentirem protegidas e amadas. Muitas vezes, esses sentimentos e atitudes não são mostrados, contribuindo para que elas desenvolvam a carência afetiva.
Os compromissos profissionais, o estilo de vida agitado e outros motivos, às vezes, levam os pais a esquecerem suas obrigações familiares. Nesse contexto, as demonstrações de amor e carinho se tornam raras, gerando uma necessidade maior nos filhos.
A carência afetiva leva as crianças a se sentirem solitárias, abandonadas e com baixa autoestima. Isso prejudica a relação com a família, pois elas deixam de confiar nos pais, tendo dificuldades de comunicação e não os procurando para resolver os problemas do dia a dia.
Alguns sinais ajudam a identificar que seu(sua) filho(a) está com problemas de carência afetiva. Abaixo você pode conhecer os principais deles.
Agressividade e comportamento inadequado
Uma forma de demonstrar a falta de afeto é chamar a atenção para si, o que acontece por meio da agressividade e do comportamento inadequado. Desse modo, a criança começa a agir de forma agressiva com familiares e colegas de escola, fazer birra, chorar em locais públicos e outros comportamentos que não são normais.
Desconfiança
Uma criança que não recebe o amor e a atenção que deseja pode se sentir desconfiada de todos ao seu redor, pois esse é um sentimento normal para quem não tem o apoio emocional das pessoas próximas. Por não se sentir segura e protegida, desconfia das pessoas e coisas que acontecem, pois o medo e a incerteza fazem parte do cotidiano.
Problemas de relacionamento social
A dificuldade de se relacionar socialmente também é um sintoma que deve ser considerado. Jovens com carência efetiva criam barreiras nas relações com os colegas, são mais limitados nas habilidades sociais e de comunicação e não fazem muitas amizades.
Baixo desempenho acadêmico
A falta de atenção e carinho prejudica a aprendizagem, provocando um desempenho acadêmico abaixo da média. A carência afetiva atrapalha a concentração, a comunicação e outras habilidades importantes para as tarefas escolares.
Confira 4 dicas para lidar com a carência afetiva da criança
Como vimos, esse é um problema muito sério na infância e que deve ser um motivo de atenção dos pais. Pensando nisso, confira algumas dicas para lidar com esse desafio de forma positiva!
1. Dê bons estímulos
Uma criança precisa de bons estímulos para se desenvolver de forma completa, trazendo segurança e confiança ao processo. As experimentações da vida, com erros e acertos, permitem que a pessoa construa a autoestima e se torne um adulto mais independente e confiante.
Durante a infância é possível moldar o modo como a pessoa se enxerga, o que acontece por interações com adultos, a exemplo dos pais, e outras pessoas que fazem parte do cotidiano. Atitudes negativas e de rejeição deixam marcas profundas, prejudicando o desenvolvimento.
Desse modo, o desenvolvimento sadio e feliz de uma criança passa pela convivência com adultos próximos, que sejam capazes de ouvir suas opiniões, valorizar os esforços e compreender suas dúvidas. Além disso, é fundamental oferecer amor, carinho e companheirismo, contribuindo na formação emocional durante a infância.
2. Imponha limites
O processo de educação de uma criança também envolve a imposição de regras e limites, conforme os comportamentos que são aceitáveis para se viver em comunidade. Essa é uma forma de demonstrar amor e preocupação com seu(sua) filho(a).
Esses limites devem sempre estar acompanhados de explicações, a fim de as crianças entenderem os motivos de agir de tal maneira. A definição de regras e valores permite aos pequenos compreenderem que têm orientação e que não estão sozinhos no mundo, sendo importante buscar as melhores atitudes em cada situação.
Os limites claros contribuem para que seu(sua) filho(a) se torne um adulto capaz de entender as regras da sociedade, ter confiança e autoestima para tomar decisões e aprender a lidar com as frustrações.
3. Seja presente na vida da criança
A presença próxima dos pais é fundamental para os filhos se desenvolverem emocionalmente de forma saudável. Por isso é importante dedicar tempo de qualidade para estar com as crianças, participando de brincadeiras, conversando, estimulando que elas se expressem e orientando.
Esse contato afetivo, amoroso e carinhoso torna a criança mais feliz, contribui para ela aprender a se relacionar socialmente e melhora a autoestima. Desse modo, ela terá facilidade para enfrentar os desafios da infância, sem sofrer com a falta de afeto e com a compreensão real de que é amada.
4. Procure ajuda médica
Quando a carência afetiva da criança está muito evidente, prejudicando seu desenvolvimento físico e emocional, é fundamental buscar ajuda médica. Os psicólogos podem ajudar a melhorar a autoestima e ensinar a lidar com as emoções de forma saudável.
Os profissionais dessa área sabem orientar a criança e os pais, de modo que tenham calma e superem os problemas. Assim, a convivência familiar tende a melhorar, com mais carinho e amor, trazendo segurança e proteção aos filhos.
Neste artigo, mostramos como a carência afetiva pode prejudicar o desenvolvimento de seu(sua) filho(a) e a melhor forma de lidar com esse comportamento. É importante ter um cuidado especial com esse aspecto para que a criança não desenvolva dependência emocional e baixa autoestima na vida adulta. Desse modo, ela crescerá de maneira saudável, pronta a enfrentar os desafios do cotidiano.
Fonte: Colégio Academia
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