Alergias a picadas de abelha em cães: o que fazer?
- Assessoria de Comunicação
- 1 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
As alergias às picadas de abelha em cães se manifestam com lesões que variam desde locais e leves até reações potencialmente mortais.

Em cada passeio durante a primavera, a preocupação com as alergias a picadas de abelha em cães está presente. Neste espaço, vamos falar sobre o que fazer em caso de alergias a picadas de abelha em cães.
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Do que depende o risco em caso de alergias a picadas de abelha em cães?
A gravidade da picada depende dos sintomas que aparecerem. Eles podem variar de leves a graves, dependendo de alguns fatores, que são os seguintes:
Tipo e quantidade de veneno: as abelhas podem picar apenas uma vez, pois seus ferrões permanecem presos à pele das vítimas. A dose letal estimada de veneno para mamíferos é de aproximadamente 20 picadas por quilo de peso da vítima.
Local da picada: a maioria das lesões afeta partes expostas do corpo, como o rosto e as patas, pois a densa pelagem protege as principais áreas do corpo do animal.
O número de picadas juntamente com a sensibilidade da vítima: em cães que sofreram picadas múltiplas, foi observada anemia hemolítica secundária imunomediada. Em casos de envenenamento massivo, a morte pode ocorrer em vítimas que não são alérgicas ao veneno de abelha.
Na literatura, uma grande variedade de picadas de abelha – de 60 a 2460 – tem sido associada à morte de cães. Até mesmo uma única picada pode matar um indivíduo.
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É importante estar ciente dos riscos apresentados pelas picadas.
O que esperar após a picada?
Se ocorrer uma reação local, o primeiro sintoma será dor, inchaço e vermelhidão na área da picada. No entanto, a dor pode ser a menor preocupação para alguns cães.
As picadas de abelha podem causar uma reação sistêmica, que é uma resposta alérgica séria e com risco de vida.
A maioria das mortes por picadas de abelha é resultante de um choque anafilático que ocorre após uma reação de hipersensibilidade tardia mediada por anticorpos imunoglobulina tipo E (IgE).
O veneno de abelha também pode causar neurotoxicidade diretamente. Essa é a razão da ataxia e da paralisia facial que podem ocorrer em cães vítimas de picadas massivas.
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O que você precisa saber sobre picadas de abelhas?
As abelhas têm um ferrão farpado que se desprende do corpo delas e permanece na pele do animal. Por vários minutos após a picada, o saco de veneno no ferrão pode continuar a pulsar e injetar veneno na área.
Sabe-se que a extensão do envenenamento aumenta à medida que aumenta o tempo entre a picada e a remoção do ferrão.
Frequentemente, ouve-se que o ferrão deve ser removido raspando e não puxando. No entanto, um estudo publicado no jornal Lancet relatou que o é mais importante a velocidade de remoção do ferrão do que a maneira como ele é retirado. De acordo com o artigo, não houve diferença na resposta entre picadas raspadas ou puxadas após dois segundos.
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Tratamento das picadas de abelha em cães
Infelizmente, não temos antiveneno para abelhas disponível. Portanto, para tratar os casos de alergia a picadas de abelha, é adotado um tratamento conservador que inclui a administração de agentes anti-histamínicos e corticosteroides por via parenteral e tópica.
Os especialistas consideram que o passo mais importante em relação ao tratamento é remover os ferrões o mais rápido possível para evitar o risco de maior disseminação do veneno no corpo.
Os sintomas de uma reação potencialmente grave geralmente se desenvolvem dentro de 10 a 30 minutos após a picada. É importante estar atento ao inchaço dos olhos e do rosto, que pode causar falta de ar. Outros sintomas incluem baba, vômito, diarreia, fraqueza e colapso.
Como os sinais graves podem se desenvolver rapidamente, é muito importante monitorar seu cão e estar preparado para procurar atendimento veterinário imediatamente. Em casos muito raros, esses sinais podem ocorrer de 12 a 14 horas após a picada.
Nunca dê ao cão qualquer medicamento sem antes consultar o seu veterinário. Se você estiver preocupado com seu animal de estimação, entre em contato com o veterinário para receber uma orientação adequada ao caso.
Fonte: Meus Animais
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