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Assessoria de Comunicação

A importância da atividade física para a prevenção do câncer

Atualizado: 5 de out. de 2020

Uma vida fisicamente ativa promove benefícios tanto na prevenção quanto no tratamento dessa doença

No mês de novembro, a incidência dos principais cânceres que atingem homens e mulheres, o de próstata e o de mama, ganha ainda mais foco por conta das campanhas de conscientização e prevenção da doença.


Apesar desse destaque, é importante lembrar que prevenção se faz todos os dias e que o cuidado à saúde deve nos acompanhar durante todos os meses do ano.

Segundo o médico oncologista Eric Rulli, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, vinculado à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), os tumores são células que crescem de maneira desordenada, acelerada e sem as características padrões. São chamados de câncer aqueles que são malignos, tendo como diferença em relação aos benignos a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo.

Tirando o câncer de mama como exemplo, esse é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. No ano passado, o Ministério da Saúde estimou 59.700 novos casos no país. Com dados tão alarmantes, é importante ficar de olho nos hábitos que previnem a chegada da doença.

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Você conhece os fatores de risco?

Além do histórico familiar, a idade avançada, o sedentarismo e a obesidade são fatores de risco. O médico lembra ainda que, no caso das mulheres, fazer reposição hormonal, não ter filhos, ter tido a primeira menstruação muito cedo ou entrado na menopausa muito tarde também são fatores de risco para o surgimento do câncer de mama. Apesar de raro, o câncer de mama também acomete a população masculina, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), representa apenas 1% do total de casos.


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Onde entra a atividade física nessa história?

Muito já foi dito sobre os benefícios da atividade física, tanto para a saúde do corpo quanto para a da mente. O oncologista lembra que a gordura em excesso faz com que o organismo permaneça em um estado inflamatório crônico, favorecendo a proliferação celular, o surgimento de mutações e, consequentemente, do câncer.

O INCA afirma também que esse estado inflamatório ainda inibe a morte programada das células. Facilitando, portanto, a formação e a progressão de diversos tipos de câncer, como o de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama, ovário, endométrio, tireoide, possivelmente próstata, entre outros.

Nesse aspecto, a atividade física possui um papel importante na prevenção do câncer em relação à redução da gordura corporal. Mas não acaba por aí! A prática regular de atividade física melhora as funções vitais do organismo, o sistema cardiovascular, fortalece o sistema imunológico, diminui os radicais livres e ainda promove a adequação dos níveis hormonais. Estudos apontam que o excesso de gordura corporal é um fator de risco e influencia nos hormônios. De acordo com o médico, em especial, a gordura periférica, aquela armazenada nas coxas e quadris, contribui para uma elevação dos níveis hormonais circulantes e aumenta os riscos de desenvolver a doença.

Mas é importante lembrar que a atividade física não funciona como uma vacina. Para usufruir de todos os benefícios, ela precisa ser regular e constante. Tão importante quanto a prevenção é a detecção precoce da doença, que passa por um olhar atento em relação às mudanças do próprio corpo.

A realização eventual de auto palpação das mamas, sem a necessidade de técnica específica e no momento que se sentir mais confortável, é importante para o reconhecimento de alterações suspeitas e procura de um serviço de saúde o mais cedo possível.

A realização de exames de mamografia de rotina é recomendada apenas para mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a ser feito a cada dois anos. Entretanto, toda mulher, a partir da primeira menstruação, deve ser acompanhada pela Unidade Básica de Saúde de sua referência em consultas ginecológicas regulares para prevenção não só do câncer de mama, mas de várias outras intercorrências ginecológicas.

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E para quem já está em tratamento, a atividade física ainda faz bem?


A resposta é: sim! O oncologista afirma que pacientes em tratamento com quimioterapia costumam sofrer com a perda de massa muscular significativa e a melhor maneira de reverter esse quadro é com a prática de atividades físicas regulares.

Além disso, estudos apontam que a atividade física ameniza as consequências do tratamento, atenuando os aspectos psicológicos negativos que interferem no retorno às atividades da vida diária, melhorando a qualidade de vida durante e após o tratamento. E não esqueça: é sempre fundamental consultar um profissional da saúde antes de começar qualquer atividade física, especialmente se existem fatores de risco associados, como lesões, doenças e problemas cardíacos.


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