Sabia que 1,3 mil milhões de alimentos, cerca de um terço da comida produzida no mundo, são desperdiçados anualmente? Em Portugal, o número é de um milhão de toneladas — é como se cada pessoa mandasse fora 132 quilos de comida por ano. Quase metade desse desperdício é feito em casa. A boa notícia é que mudar hábitos alimentares melhora a sua saúde e a do ambiente.
1. SEGREDOS NO FRIGORÍFICO
Um frigorífico quase vazio não é necessariamente um mau sinal: quanto menos ingredientes lá estiverem, mais fácil é geri-los, evitar o desperdício e impedir que amadureçam ou apodreçam. Quando estiver em frente ao frigorífico, lembre-se ainda de o abrir menos vezes (tire tudo de uma vez) e durante menos tempo — caso contrário, o consumo de energia aumenta.
Agora que o conselho é para que fique em casa, aproveite para cozinhar aqueles alimentos que estavam perdidos no frigorífico ou nas prateleiras, à espera que alguém deles se lembrasse.
2. ESCRITO NA MÃO
Na Europa, como nos Estados Unidos, comemos de mais. Importa olhar para os pratos que tem em casa, optar pelos menores ou fugir à tentação de os encher. Uma boa forma de medir as quantidades é usar a mão: a palma indica a porção certa de carne e peixe, um punho para os hidratos de carbono, como arroz, massa ou batata, duas mãos abertas para os vegetais e uma igual para a fruta. Numa altura em que é preciso controlar o que entra e o que sai, esta dica será particularmente útil.
3. AINDA HÁ CARNE
O vegetarianismo está na moda — se tem essa meta para 2020, avance. Mas para ser amigo do ambiente o verbo principal é reduzir, mais do que abolir. E com um extra: a sua saúde. A Direção-Geral de Saúde sugere “reduzir o consumo de carne vermelha (vaca, porco, cabrito…) para valores até 500g por semana”. Dá cerca de três refeições de carne de domingo a domingo.
4. O PAPEL DO VEGETAL
Os avisos não param, mas os portugueses não mudam: consomem-se menos hortícolas do que o necessário — 11%, quando o ideal deveria ser 23%, segundo o Inquérito Alimentar Nacional e de Actividade Física. Aposte nos vegetais, no feijão, nos frutos secos. A Ásia, onde em muitos países a dieta é feita à base de vegetais, é uma boa inspiração, para nos lembrar que mais verde não significa menos sabor.
5. A ESTAÇÃO CONTA
Evite laranjas em agosto ou cerejas em dezembro. A menos que venham de lugares inóspitos ou a sua produção seja “forçada” com o uso de produtos químicos artificiais, não é normal. A sazonalidade conta muito, por isso conheça o calendário das frutas e legumes adaptados ao clima português. E dê-lhes preferência nas próximas idas ao supermercado.
Fonte: Expresso
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